terça-feira, 13 de abril de 2010

Foto...


"Você vai olhar aquelas fotos e vai dizer que eram seus amigos.

E isso vai doer tanto!".

Clichê, mas, como todo clichê, depois de um tempo começa a fazer sentido.

A gente demora para entender o que as pessoas causam,

deixam, e fazem com a gente;

começa-se a perceber que algumas não são substituíveis, que outras fazem falta no dia-a-dia e que muitas deixam um vazio enorme aonde a gente achava que jamais ia existir.

Deixamos de pensar nos malefícios que o tempo pode trazer e esquecemos que muitas das relações podem estar fadadas aos mesmos.

É claro que o tempo não é o único responsável para isso, porém, ele tende a ser o principal. Passam-se os anos depois da formatura, não é que ninguém se goste, é que as pessoas se "perdem" e se "acham" em outros lugares e companhias.

Extremamente natural para quem vê de fora.

Mas, a gente fica indignado por não ter podido mais ver tal pessoa, por não ter tido tempo para colocar a fofoca em dia com a Fulana, e até se arrepende de nunca ter dado "oi" para a Ciclana.

É deplorável. Muitas vezes, até fortes alicerces tendem a se dissolver.

Não existe explicação bastante e completamente veraz para tal, mas é crível que não se deve deixar de curtir aquilo que dura tão pouco por medo do que pode - ou não - vir depois.

A duração é a mesma desses instantes das fotos...

Lembra-se de tudo como se fosse ontem, mas quando fechar o sorriso depois da foto, o ontem já está bem distante.''


Ana Paula Zandoná

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