segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Feiticeira...


``Bem que eu queria ser feiticeira

pra enfeitiçar você

com encanto e sedução

lhe atrairia pro meu canto

e lhe faria amor, amor, amor

até que o pranto

lhe fizesse o coração

tão duro amolecer

com poder de sugestão

lhe faria amor, amor, amor

até que o sono

lhe fizesse o coração

tirano, adormecer

eu faria todo mundo saber

eu traria todo mundo pra ver

minha cama inteira só pra você...``

Gil

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Morreu?_Nao, to so ensaiando...


``A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção
de acordar viva todo dia
Há dores que sinceramente eu não resolvo
sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo
e me torno moribundo de doer daquele corte
do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores
dentro das perdas de coisas antes possuídas
dentro das alegrias havidas
Há porradas que não tem saída
há um monte de "não era isso que eu queria"
Outro dia, acabei de morrer
depois de uma crise sobre o existencialismo
3º mundo, ideologia e inflação...
E quando penso que não
me vejo ressurgida no banheiro
Sem cor, sem fala
nem informática nem cabala
poeta ressucitada
passaporte sem mala
com destino de nada!
A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
ensaiar mil vezes a séria despedida
a morte real do gastamento do corpo
a coisa mal resolvida
daquela morte florida
cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos
cheio do sorriso culpado dos inimigos invejosos
que já to ficando especialista em renascimento
Hoje, praticamente, eu morro quando quero:
às vezes só porque não foi um bom desfecho
ou porque eu não concordo
Ou uma bela puxada no tapete
ou porque eu mesma me enrolo
Não dá outra: tiro o chinelo...
E dou uma morrida!
Não atendo telefone, campainha...
Fico aí camisolenta em estado de éter
nem zangada, nem histérica, nem puta da vida!
Tô nocauteada, tô morrida!
Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa
não tem aquela ansiedade para entrar em cena
É uma espécie de venda
uma espécie de encomenda que a gente faz
pra ter depois ter um produto com maior resistência
onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: cega
Depois acorda bela
corta os cabelos
muda a maquiagem
reinventa modelos
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno,
de expersona falida:
- Não, tava só deprimida.

Elisa Lucinda

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Quero mais e tudo mais...


``Quero tudo novo de novo.
Quero não sentir medo.
Quero me entregar mais,
me jogar mais,
amar mais.
Viajar até cansar.
Quero sair pelo mundo.
Quero fins de semana de praia.
Aproveitar os amigos e abraçá-los mais.
Quero ver mais filmes e comer mais pipoca,
ler mais.
Sair mais.
Quero um trabalho novo.
Quero não me atrasar tanto,
nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha,
quero ter momentos de paz.
Quero dançar mais.
Comer mais brigadeiro de panela,
acordar mais cedo e economizar mais.
Sorrir mais,
chorar menos e ajudar mais.
Pensar mais e pensar menos.
Andar mais de bicicleta.
Ir mais vezes ao parque.
Quero ser feliz,
quero sossego,
quero outra tatuagem.
Quero me olhar mais.
Cortar mais os cabelos.
Tomar mais sol e mais banho de chuva.
Preciso me concentrar mais,
delirar mais.
Não quero esperar mais,
quero fazer mais, suar mais,
cantar mais e mais.
Quero conhecer mais pessoas.
Quero olhar para frente e só o necessário para trás.
Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar,
sem mágoa.
Quero pedir menos desculpas,
sentir menos culpa.
Quero mais chão,
pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero aceitar menos,
indagar mais,
ousar mais.
Experimentar mais.
Quero menos “mas”.
Quero não sentir tanta saudade.
Quero mais e tudo o mais.
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha"

Fernando Pessoa


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Se eu esperar, talvez não queira mais...


``Cansei de quem gosta como se gostar fosse mais uma ferramenta de marketing.
Gostar aos poucos,
gostar analisando,
gostar duas vezes por semana,
gostar até as duas e dezoito.
Cansei de gente que gosta como pensa que é certo gostar.
Gostar é essa besta desenfreada mesmo.
E não tem pensar.
E arrepia o corpo inteiro,
mas você não sabe se é defesa para recuar ou atacar.
Eu eu gosto de você porque gostar não faz sentido.
Eu quero que você sinta esse prazer que chega aos poucos.
E mata tudo que há em volta.
E explode os relógios.
E chega aos poucos ainda que você ainda não saiba nem quem é pouco e nem quem é lento.
Eu não faço a menor idéia de como esperar você me querer.
Porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais.
Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte.
Porque cansei dessa gente que manda ter mais calma.
E me diz que sempre tem outro dia.
E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém.
E me diz que eu preciso de uma camisa de força.
Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo.
Se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro,
se você puder esquecer a camisa de força e me enrroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum aquilibrio.
Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos.”

Tati Bernardi

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As veses eu desisto...


A dor se encarregou de me trasformar no que sou hoje,
alguém que nunca mais acreditara no amor.

A amargura e o sofrimento são parte de mim,
eu amei,amei com todas as forças do meu coração,
mas infelizmente isso não foi o suficiente.
A vida me ensinou da pior maneira que o amor não é pra mim.

Se vc for esperto não irá se aproximar de mim,

sinceramente não crie ilusões ao meu respeito,
eu sou apenas a sombra do que fui um dia,

agora sou um cara pela metade,
alguém que buscou a felicidade mas nunca foi capaz de encontra-la,
eu vivo nas sombras e se não quiser fazer parte da escuridão mantenha distancia segura.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Inexplicavelmente, impossível, inevitavelmente, inesquecível ...


``Os amores mais bonitos são definitivamente os impossíveis!
Aquele que você sabe que um dia vai ser lembrança e nada mais...
aquele que jamais terá condições de sair do campo dos sonhos.
São eles os amores impossíveis que sabemos lá no fundo que nada apagará,
que dele o tempo não será remédio...
o amor que entendemos que tudo que fizemos foi em vão mas faríamos tudo de novo por conta de um mísero sorriso...
o amor que nos torna melhores...
que nos faz esquecer o nosso maldito egoísmo e pensar no outro como uma parte de nós.
Amor que sabemos que não será pra sempre,
que durará o suficiente para dele só restar uma saudade de sangrar.
O amor mais doce de nossas vidas é aquele que nos traz paz em meio ao fim...
é aquele que nos permite viver e acreditar num mundo feito de pessoas cheias de mentira,
cheias de si...
Amor que se respira,
que se faz presente na guerra...
na festa...
amor puro que nos desperta o mais profundo desejo carnal e ainda assim coberto de doçura...
o amor que nos condena a nos conformar em ser mortais,
em carregar esse fardo e ainda assim jurar amor...
jurar proteção...
O amor impossível...
o amor das lágrimas entre os lençóis...
o amor da dor da despedida, da alegria do encontro...
o amor do 'nunca mais',
do 'pra sempre'...
o amor que não nos deixa se prender no passado mesmo quando temos a certeza que esse passado foi e será o mais belo de toda uma vida...
Esse é o amor mais lindo...
o amor inexplicavelmente impossível e por isso inevitavelmente inesquecível.``

Kamylla Cavalcanti

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ate cansar de respirar voce....


Lento como o tempo
Que não quer passar
Dorme pelos cantos
E me faz pensar
Certo como um corte
Que não quer doer
Olho pro espelho
Sem me conhecer

Vou fingir
Que nunca te vi
Vou viver
Sem ter onde ir
Até cansar
De respirar você

Alguma coisa errada
Quando um par são três
Uma vida inteira
Na primeira vez
Palavra por palavra
O que não quer dizer
Arde tanto a ponto
De enlouquecer

Vou fingir
Que nunca te vi
Vou viver
Sem ter onde ir
Até cansar
De respirar você

Amanhã vai ser outro dia, amanhã vai ser outro dia...

Capital Inicial

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Arquivo vivo...


``Arrumei as gavetas,
os armários,
separei pecas para doação.
Joguei toneladas de papel fora.
Organizei arquivos.
Escrevi um final para cada diário.
Revi fantasmas.
Reencontrei amores.
Achei graça no que um dia foi desconserto.
Limpei,
lavei,
ajeitei espaços.
Encaixotei memorias.
Abri álbuns esquecidos.
Lembrei,
sorri,
chorei.
Quis voltar no tempo,
quis acelerar os ponteiros.
Tudo em ordem.
E o que parece...
quem olhar bem de perto vai ver...
Toda minha vida,
todas as vidas que vivi em uma existência,
tentando escapar por minhas retinas
querendo povoar milhares de historias,
entrelaçadas a de tantas outras pessoas.

CleaRF.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

E eu a procurar estrelas...


``E eu a procurar estrelas
a encontra-las todas nas suas mãos
onde eu não posso alcançar.
E eu a inventar estrelas
para enfeitar sua imagem
antes dela desbotar.
E eu a dependurar estrelas no meu céu
sem medo de despencar.
E eu caindo, caindo...
junto com a poeira das minhas próprias estrelas
para tocar um chão forrado de luz.
E eu acordo para descobrir
que as estrelas ainda estão em suas mãos
mas de olhos abertos não posso sonhar
não posso voar para te alcançar.
E eu tentando adormecer
porque de olhos fechados
eu posso chegar ate você.``

CleaRF.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Strani amori...


Mi dispiace devo andare via
Ma sapevo che era una bugia
Quanto tempo perso dietro a lui
Che promette e poi non cambia mai
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi

E lo aspetti ad un telefono
Litigando che sia libero
con il cuore nel lo stomaco
Un gomitolo nell’angolo
Lì da sola, dentro un brivido
Ma perché lui non c’è

E sono strani amori che
Fanno crescere e sorridere
Fra le lacrime
Quante pagine lì da scrivere
Sogni e lividi da dividere
Sono amori che spesso a questa età
Si confondono dentro a quest'anima
Che si interroga senza decidere
Se è un amore che fa per noi

E quante notti perse a piangere
Rileggendo quelle lettere
Che non riesci più a buttare via
Dal labirinto della nostalgia
Grandi amori che finiscono
Ma perché restano nel cuore

Strani amori che vanno e vengono
Nei pensieri che lì nascondono
Storie vere che ci appartengono
Ma si lasciano come noi

Strani amori fragili
Prigionieri, liberi
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi

Strani amori fragili
Prigionieri, liberi
Strani amori che non sanno vivere
E si perdono dentro noi

Mi dispiace devo andare via
Questa volta l’ho promesso a me
Perché ho voglia di un amore vero
Senza te

Renato Russo

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O tempo ensina, mas nao cura...


``Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma.
Você pode voltar e nada ser como antes.
Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso.
Você pode sofrer por perder alguém.
Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples:
Da sua mãe te chamando pra acordar,
Do seu pai te levando pela mão,
Dos desenhos animados com seu irmão,
Do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural
Do cheiro que você sentia naquele abraço,
Da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver,
E como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter.
De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma;
Cuidado com o que anda desabafando;
Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais);
Antes só do que muito acompanhado;
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse;
Renunciar não quer dizer que não ame;
Abrir mão não quer dizer que não queira;

O tempo ensina, mas não cura.``

Martha Medeiros

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Borboletas ...


Tem dias em que os pontos de interrogação que povoam a minha mente,
ganham asas de borboleta.
Deixam de passear em fila indiana,
se desesperam e querem indagar todos ao mesmo tempo.
Enquanto se debatem criam novos pontos,
que geram mais asas,
mais confusão.
O mundo de fora gira em camera lenta,
enquanto o mundo de dentro esta a toda velocidade..
Tem dias em que tudo que se quer e não ouvir os próprios pensamentos .
Que dizem incessantemente que a vitoria paliativa e gloria aos olhos dos outros,
não da nossa própria consciência.
Minhas borboletas precisam descobrir o que e na realidade ganhar e perder.
Porque esta revoada na minha alma ,
começa no grito de espanto da minha insatisfacao.

CleaRF.

O amor se estrepou (de novo)...


``Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
``

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Probabilidade...


Estou desorganizada porque perdi o que não precisava?
Nesta minha nova covardia - a covardia é o que de mais novo já me aconteceu,
é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la , na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir.
É difícil perder-se.
É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.
Até agora achar-me era já ter uma ideia de pessoa e nela me engastar:
nessa pessoa organizada eu me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de construção que era viver.
A idéia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão.
Mas e agora?
estarei mais livre?

Não.

Sei que ainda não estou sentindo livremente, que de novo penso porque tenho por objetivo achar - e que por segurança chamarei de achar o momento em que encontrar um meio de saída.

Por que não tenho coragem de apenas achar um meio de entrada?

Oh, sei que entrei, sim.

Mas assustei-me porque não sei para onde dá essa entrada.

E nunca antes eu me havia deixado levar, a menos que soubesse para o quê.

Ontem, no entanto, perdi durante horas e horas a minha montagem humana.

Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida.

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação: a ser?
e no entanto não há outro caminho.

Como se explica que o meu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo?

como é que se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra como se antes eu tivesse sabido o que era!

Por que é que ver é uma tal desorganização?

E uma desilusão.

Mas desilusão de quê?

se, sem ao menos sentir, eu mal devia estar tolerando minha organização apenas construída?
Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema.
No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque finalmente foi desiludido.
O que eu era antes não me era bom.

Mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor:
a esperança.
De meu próprio mal eu havia criado um bem futuro.
O medo agora é que meu novo modo não faça sentido?
Mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo?

Terei que correr o sagrado risco do acaso.
E substituirei o destino pela probabilidade.

Clarice Lispector

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Outro lugar...


``Não demora que a história passa e pode me levar

E eu não quero ir, não posso ir pra lado algum

Enquanto não voltar

Não quero que isso aqui dentro de mim

Vá embora e tome outro lugar

Talvez a vida mude e nossa estrada pode se cruzar

Amor, meu grande amor, estou sentindo

Que está chegando a hora de dormir...``


Milton Nascimento


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pensamento solto...


``Quando houve verdade,
não havia paixão.
Quando veio a duvida
não tive mais controle.
No momento em que presença
os pés não tocam o chão.
No instante em que se separa
continua morando na imaginação.
O outro nem sabe
eu sei por nos dois.
O suspiro não tem retorno
mas sai em notas musicais.
O pensamento solto
preso a quem não sei se pensa.
A noite e longa,
eu não tenho o que quero,
tenho os sonhos,
vou com eles onde eu quiser.
A vida e longa,
cheia de pessoas que não são você,
mas me sorriem o seu riso,
me olham com seus olhos,
fazem desaparecer na fumaça diante de mim.
Quem sabe e o nunca
ou o talves,
quem sabe um instante de descuido dos deuses
e a magica acontece.
Se tem explicação
prefere ficar pra depois.
Se e real,
não existe nada mais verdadeiro.
Pode também ser ilusão,
milhares de balões te levando com o vento.
Podem se dizer adeus
e o vazio vai esfriar seu peito.
Mas a lembrança
de como se sentiu por amar .
Isso não se apaga na chama da vela da existência!``

CleaRF.

Sinfony of life...


``Houve um tempo em que poderíamos mudar o mundo,
mas alguém roubou nossa coragem.
E todo o cinza que veio depois foi quase escuridão total.
Houve um tempo em que não se disse mais ``eu te amo``
porque, como no poema, o amor resultou inútil.
Houve um tempo em que espelhos foram evitados,
porque o reflexo esta vivo
e quando não e mantido sobre domínio se vira contra nos.
um tempo em que mesmo confusas
saberemos que não e permitido parar.
Um tempo de luta,
tempo de não olhar pra trás,
mesmo que isto custe algumas lágrimas.
um tempo possível ,
tempo construído pelas próprias mãos ,
teimosia e talento.
Haverá um tempo de parar no alto da montanha
e relembrar o caminho.
Tempo de contar a historia
de rir do alegre e do triste ,
de chorar de saudade e realização.
Haverá um tempo em que ``Sinfony of life`` ecoara em nossas mentes e alcançara nossos coracoes.
Haverá uma vida que terá valido a pena...

CleaRF.



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Distancia...


``De longe

te hei de amar

- da tranquila distância

em que o amor é saudade

e o desejo, constância.``



Ella

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Lista...


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

Oswaldo Montenegro