
``A paciência é uma única dose de rum numa noite de frio.
Doce,
rasga o peito e aquece o corpo.
Difícil é saber a hora de recorrer a essa dose mínima.
Ninguém vê uma pessoa lutando para ser calmo.
Ninguém vê uma pessoa lutando para ser calmo.
Lutando para não ser um animal.
O único vislumbre está nos olhos.
Quando os sentidos se apagam,
o vermelho-sangue tinge a visão,
o revés no estômago,
é nesse momento a hora de tomar sua dose?
Ou seria melhor deixar isso tudo e regar-se de pequenas doses o dia todo e a toda hora?
Desequilibrado ou alcólatra?
A dose está por aí,
A dose está por aí,
inesgotável e serena.
Sempre à espera de um porre qualquer.
Um porre de paciência e de mil motivos para não ser.
A paciência não é uma virtude budista,
é uma bebedeira que acalma e não nos deixa cair no furacão.
É sujeira que se esconde embaixo do tapete.
Qual a dose certa?
Qual o momento de bebericar o doce néctar da civilidade?
Quando se deve negar a si mesmo o famoso "vai tomar no ... e acorda!"?
Senhor, dai-me paciência que meu rum acabou.``
Senhor, dai-me paciência que meu rum acabou.``
Andreza Tibana
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